sábado, 28 de setembro de 2013

Maçonaria da Marca

Grande Loja de Mestres Maçons da Marcado Grande Oriente do Brasil

Por Wagner Veneziani Costa

A cada um é dado um estojo de ferramentas
Uma massa disforme e um livro de regras,
E cada um deve fazer seu tempo fluir.
Uma pedra de tropeço, ou uma pedra de degrau.
(anônimo, século XVIII)
Esse é apenas um pequeno resumo que escrevi, retirado das obras intituladas "O Grau da 
Marca" de David Mitchell e da obra: Conte-me Mais Sobre o grau da Marca do Rev. Neville 
Barker Cryer, ambas da Madras Editora, contando um pouco da História do Grau da Marca, 
agora apresento a Cronologia retirada da mesma fonte...
“Senhor, um homem deveria manter a sua amizade em constante reparo”. 
(Dr. Samuel Johnson, 1755)
O Grau da Marca tornou-se uma Ordem Independente (Regular) na Inglaterra.
Podemos afirmar que o Grau da Marca é uma sequência do terceiro grau, contendo profundos 
significados simbólicos e filosóficos e esta ligado a construção do Templo do Rei Salomão. 
Apesar que a escolha da Marca era uma parte importante em acréscimo ao Grau de 
Companheiro.
Na construção do Templo do rei Salomão foram empregados mais de 110 mil operários e para 
que eles pudessem ser identificados por seus Oficiais Superiores - para que cada porção de 
seu trabalho pudesse passar pelo mais cuidadoso exame e para que cada Artífice pudesse 
receber com pontualidade a recompensa pela sua obra e habilidade - esse grupo imenso de 
trabalhadores foi dividido em 1.100 Lojas de Companheiros e de Aprendizes, estando estes 
últimos sob a superintendência dos primeiros, que lhes ensinavam o ofício; e a todos estes 
presidiam 3.000 Menatschim, Supervisores ou Mestres - Três em cada Loja.
Cada um desses homens (Aprendizes, Companheiros e Mestres) recebia um salário. E para que 
não recebessem em duplicidade, ou que não recebessem mais do que lhes era devido, criaram 2
uma Marca para cada um dos operários e esses por sua vez, tinham que esculpi-las ou gravá-
las numa pedra talhada. Os Mestres da marca eram conhecidos como "Artífices Perfeitos". 
Deste seleto grupo eram escolhidos os Supervisores. Adoniran, que era Supervisor, foi 
selecionado para preencher a vaga decorrente da morte de Hiram Abiff. Adonhiram era, de 
fato, o Supervisor Chefe dos operários empregados nas florestas do Líbano.
Tantos os Artífices como os demais, certamente, recebiam seus salários no Templo: Os 
Aprendizes recebiam seus pagamentos em trigo, vinho e óleo; os Artífices em espécie.
O Supervisor conhecia "bem" a Marca de cada um dos seus operários. Era assim, que o 
exame do trabalho apresentado era comparado com as plantas. Se a pedra estivesse correta 
e em conformidade às plantas, o Supervisor colocava sua própria Marca sobre a peça 
examinada e aprovada. Que logo era içada e instalada em seu lugar. Além da Marca do 
Supervisor indicar a exata localização da pedra, um malho de madeira era tudo o que era 
necessário para alinhá-la, firme e permanentemente, em sua devida posição.
Assim, as Marcas dos Maçons (pedreiros) representavam uma ajuda fundamental no 
gerenciamento das funções administrativas, financeiras, produtivas e de controle de qualidade. 
A Marca era portanto a identidade (assinatura) daquele operário específico. Os progressos e a 
eficiência na construção dependiam então, de uma boa comunicação e de bom relacionamento 
entre os trabalhadores, do respeito aos administradores, além do entusiasmo e prazer no 
trabalho. Todas estas qualidades dependiam, por sua vez, da Marca dos Maçons.
A história antiga nos dá conta de que a colocação de uma marca em um produto acabado não 
era uma prática restrita aos pedreiros. Podemos encontrá-las facilmente nas Cerâmicas 
gregas, egípcias, romanas; em obras de ouro e de prata etc. Na Irlanda, Inglaterra e País de 
Gales, Marcas de Maçons podem ser encontradas em pedras de Catedrais, Igrejas, Castelos e 
outras edificações medievais.
Douglas Knoop descreveu: "Ponte entre a Maçonaria (da Marca) Operativa e a Especulativa, 
com uma das pontas - a do lado Operativo - bem apoiada na Escócia, e a outra - a 
Especulativa - na Inglaterra."
A herança da Maçonaria Operativa e da Maçonaria da Marca é tão brilhante e empolgante 
como uma Arte, principalmente devotada a propósitos religiosos e a criação de belas 
edificações, e sempre tendo em mente a perfeição. O Juramento feito pelos nossos antigos 
Irmãos nos Colégios ou Guildas em Roma, comprometendo-se a se ajudarem mutuamente e a 
socorrer qualquer Membro em necessidade ainda consta de nosso Ritual. Essa é a mensagem 
predominante dirigida a cada novo Mestre Maçom da Marca ao ser felicitado pelo Venerável 
Mestre por ocasião de seu Avançamento a esse respeitável e honroso Grau na Maçonaria.
O Grau de Mestre Maçom da Marca continua vivo como um perene monumento aos antigos 
operários e artífices que iniciaram a Obra do Grande Supervisor com a construção do Templo 
do Rei Salomão, e àqueles que assim ainda continuam fazendo, não apenas na Pedra, mas na 
construção e na consolidação nas relações entre homens de bem e nas amizades duradouras.
Pouquíssimos Maçons do Simbolismo conhecem a rica História do Grau da Marca e a sua 
legendária ligação com Jerusalém; ou por que esse Grau mereceu a reputação de ―Grau 
Amigável‖. Como Mestres Maçons da Marca, podemos ajudar na divulgação e na informação 
das razões que originaram esta merecida reputação, ao dedicarmos uma atenção especial ao 
nosso trabalho no Templo, tendo um bom conhecimento de sua História e desenvolvimento, e 
uma amistosa ânsia de oferecer respostas permissíveis àqueles verdadeiramente interessados.
Possivelmente, todos os Maçons que lerem este texto acharão bastante interessante a relação 
apresentada a seguir, que assinala alguns importantes eventos no Desenvolvimento e 
Progresso da Maçonaria a partir da construção do Templo do Rei Salomão até a formação da 
Grande Loja da Marca. Algumas datas são controversas; no entanto, elas se baseiam em 
confiáveis documentos escritos por ilustres Maçons, tais como: R. F. Gould, L. Vibert, R. C. 3
Davies, D. Knoop e D. P. Jones, bem como no Masonic Year Book (o Anuário Maçônico) e, 
assim, podem ser aceitas como razoavelmente corretas.
Cronologia
A.C.
957 — Concluída a construção do Templo do Rei Salomão.
714 — Collegia Artificium — o Colégio dos Artífices, Guildas Romanas, ou Corporações de 
Artífices, instituída em Roma.
587 — Destruição do Templo do Rei Salomão por Nabuzardã sob ordens de Nabucodonossor. 
Ao todo, os cercos a Jerusalém somam um período de vinte anos. Estima-se que um total 
entre 500 mil e 1 milhão de israelitas tenham sido deportados para a Babilônia.
539 — Ciro liberta os judeus de seu cativeiro. De acordo com Josephus, somente 50 mil 
retornaram a Jerusalém, sob o comando de Zorobabel, para a reconstrução do Templo; destes, 
cerca de 30 mil eram homens adultos; os demais eram mulheres e crianças. Muitos teriam 
optado em ficar na Babilônia. Estima-se que 150 mil se dispersaram por todos os países 
vizinhos, onde haveriam de se estabelecer, construindo suas casas e Sinagogas.
169 — O Templo de Zorobabel literalmente destruído por Antiochus Epiphanes, irmão do rei da 
Síria.
D.C.
20-26 — Herodes – o Grande, pai de Herodes Antipas (sob quem sofreu Cristo), era um 
famoso construtor. Ele assumiu o ambicioso desafio de restaurar o Templo à sua antiga glória. 
O Segundo Templo reconstruído ficou conhecido como o Terceiro Templo e foi, finalmente, 
destruído pelos romanos, sob o império de Tito, em 70 D.C.
45-107 — Ocupação da Bretanha pelos romanos.
800-1500 — As Sociedades de Arquitetos Livres e Operativos, conhecidos como Franco-Maçons 
(não os Artesãos comuns), oriundos dos Collegia Artificium, surgiram como Freemasons na 
Inglaterra, como Steinmetzen na Alemanha, e como Compagnonnage na França. Essas 
Sociedades eram secretas e operativas, engajadas nas construções eclesiásticas e em outras 
construções. A Franco-Maçonaria, tal como hoje é praticada, remonta àquela Fraternidade.
Os Monges agiam conforme a capacidade dos Arquitetos e dos Mestres na planificação e 
planejamento dos edifícios, e supervisionavam a sua construção. Dessa forma, tanto os não 
operativos, como os operativos, se tornaram ―Aceitos‖.
926 — Assembleia Anual de Maçons Operativos, realizada em York, sob a presidência de 
Edwin, filho de Athelstan. A Antiga Loja de York alega ter a sua origem nesta Assembleia. (vide 
1726)
1 292 — Primeira referência conhecida denominando como ―Loja‖ o local de trabalho dos 
Maçons Ingleses.
1390 — (+/-) Manuscrito Regius (ou Poema Regius), contendo as ―Antigas Instruções‖. 
Primeira menção conhecida da palavra ―Franco-Maçom‖.
1410 — (+/-) Manuscrito Cooke, contendo as ―Antigas Instruções‖.
1530— Os Estatutos de Edward III mencionando a palavra ―Franco- Maçom‖.

http://www.aminternacional.org/PDF/GrandeLojaMestresMaconsMarcaDoGOB.pdf

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